top of page
Foto do escritorJoana Miranda

Quando caímos em poços escuros

Nas curvas e esquinas da vida por vezes caímos em poços escuros. Situações da vida que nos mergulham em espaços interiores que não imaginávamos existir. O que experienciamos nesses espaços é tão denso e, por vezes, tão desproporcional à apreensão racional que se possa fazer da situação que mergulhamos na tristeza e na dor mais profundas.


Por vezes sair deles com vida, a respirar e de coração a pulsar de novo no peito, parece algo impossível.


No seu interior, na escuridão mais densa, em que o corpo sofre, a mente sofre, em que tudo é dor, grandes mistérios e insights se podem desvendar.


Quando alguém nos ampara ou nos sabemos ir amparando, respirando, gerindo a energia que nos resta e voltando à superfície...crescemos.


Este é o tipo de sofrimento que ninguém quer ter mesmo sabendo da potencialidade de crescimento subsequente. Como seres humanos não estamos preparados para procurar o sofrimento mas para o evitar (exceção feita para algumas personalidades com traços masoquistas marcados). Mas a vida, mãe e madrasta, dita os caminhos que nos aguardam, as curvas e as esquinas. Há que aceitar, reunir forças e aprender.


Não devemos esperar que as pessoas, os conhecidos ou mesmo os amigos ou familiares compreendam a nossa dor. Talvez um terapeuta desperto e com compaixão, talvez um companheiro, ... talvez. Um animal de estimação certamente estará connosco.

Na verdade, em alguma medida, estamos sempre sós. As pessoas só compreendem a escuridão dos poços em que elas mesmas já habitaram em algum momento das suas vidas.



67 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page